4 Mitos sobre Fenda/Fissura Lábio Palatina

 

 

 

O que não falta sobre o tema fenda lábio palatina são mitos! E, você nem precisa ir muito longe para constatar isso! Na verdade, há muitas informações não somente inconsistentes sobre o tema como, em muitos casos, que fogem à verdade – infelizmente! O fato é que, esse é ainda um tema envolto por tabus e pouca discussão. E, esses dois aspectos são terreno fértil para que informações falsas acabem ganhando mais espaço do que as verdadeiras. Mas, quando se trata de desconstruir mitos, nosso  projeto está sempre a postos!

 

• A fissura não tem cura! – um grande mito!  É importante destacar que tanto o tratamento como a correção da malformação não é algo restrito somente à intervenção cirúrgica em si, ou seja, há o envolvimento de muitas especialidades, como dentistas e terapeutas da fala/fonoaudiólogos, otorrinolaringologistas e psicólogos, entre outros. Em muitos casos, o terceiro mês de vida do bebé é considerado o momento ideal para a operação de correcção do lábio.

• Quem nasce com fissura nunca terá uma vida normal – mais um mito! Em geral, a intervenção atempada da equipe de tratamento pode ser suficiente para sanar o problema. Uma fenda apenas do lábio pode ficar resolvida logo na primeira cirurgia! No entanto o crescimento trará a necessidade de acompanhamento desta cicatriz. Além disso, pode ser recorrente a amamentação enfrentar dificuldades, entretanto e como sempre, é importante que ocorra o acompanhamento complementar de outras especialidades, como um ortodontista e um terapeuta da fala/fonoaudiólogo. Embora as dificuldades existam, elas tendem a ser superadas com o passar  do tempo e o paciente poderá ter uma vida absolutamente normal.

• A cirurgia é  complexa e extremamente demorada – mito! Em média, o procedimento mais longo dura aproximadamente 2  horas. Mas cada caso precisa ser analisado de maneira individual. As primeiras intervenções podem ser muito mais curtas e nem sempre obrigam a dias de internamento.

• A fissura labial é rara – Pois é… aqui fica difícil estabelecer o critério. Nós dizemos que é pouco frequente. Mas rara… não achamos nada raro um evento que ocorre em média, uma vez a cada 700 nascimentos. Em boa verdade, todos os casais estão sujeitos ao risco de ter um bebé com uma malformação congénita da face, bem como qualquer outra malformação. Estudos  realizados pela Universidade de Emory, EUA, indicam que os riscos associados a casos como esses em pais jovens (e não consanguíneos) é de até 4%. Ou seja, a cada 100 crianças que vierem ao mundo, cerca de 4 podem apresentar algum tipo de malformação, sendo a fissura lábio palatina a mais comum das que afetam a face e a segunda mais comum se considerarmos todo o corpo.